No futuro, a tecnologia pode ser suficiente para
trazer de volta à vida animais que desapareceram há muito tempo.
Muitas
espécies incríveis de animais desapareceram há décadas ou centenas de anos, por
condições naturais ou influência das atividades humanas sobre uma determinada
região. Com o avanço da tecnologia e do conhecimento científico — em especial a
genética —, estamos cada vez mais perto da possibilidade de trazer esses
animais de volta à vida, mas vai ser difícil escolher quais deles gostaríamos de
ver em jaulas de zoológicos ou soltos pela natureza.
Obviamente,
essa tarefa não é fácil e, além de algumas barreiras científicas, há também
muita discussão ética sobre o assunto. Mas, como não custa especular um
pouquinho e sonhar com um futuro cheio de tigres-dentes-de-sabre, confira
abaixo nossa lista de animais que poderiam ser ressuscitados.
1. Mamute-lanoso
Os
mamutes-lanosos habitaram o norte da Terra e foram uma das últimas espécies de
mamute a serem extintas. Diversos fósseis e amostras desse animal já foram
recolhidas ao longo dos anos e, por viver em locais muito frios, há restos
congelados com tecido mole muito bem preservado.
Fonte da
imagem: Reprodução/Wikipedia
Em 2011, um
dos espécimes encontrados possuía a medula óssea praticamente intacta, o que
abre possibilidades ainda maiores de trazer esse animal à vida. O cientista
russo Semyon Grigoriev, diretor do museu do mamute da República de Sakha, junto
com colegas do Japão, declarara que, com esse
material em mãos, a clonagem poderia ser feita em um período de até cinco anos.
2. Tigres-da-tasmânia
Acredita-se
que o tigre-da-tasmânia entrou em extinção durante o século XX, mas ainda hoje
é considerado como o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. Apesar de
também ter sofrido com a presença humana, essa espécie possui uma diversidade
genética muito baixa, o que a torna pouco adaptável a mudanças.
Em 2008,
pesquisadores extraíram o DNA de um espécime com 100 anos de idade e ressuscitaram seu
material genético, incluindo-o no embrião de um rato. Essa foi a primeira vez
que o DNA de um animal extinto foi usado no embrião de uma criatura viva para
estudo. Quem sabe, no futuro, os tigres-da-tasmânia não voltam a habitar a
Austrália e Nova Guiné?
3. Íbex-dos-Pirenéus
Esse é um
caso bastante atual de animal extinto, sendo que o último espécime morreu ainda
na década de 90. Por isso, o íbex-dos-Pirenéus é uma das espécies mais
promissoras para ser trazida de volta à vida.
Mas há um
problema: o último íbex-dos-Pirenéus era, na verdade, uma fêmea. E, dessa forma,
mesmo que a espécie volte à vida, não haverá machos para se reproduzir com ela.
Porém, um pouco de engenharia genética poderia reverter essa situação.
4. Tigre-dentes-de-sabre
Esse
dispensa apresentação e todos nós concordamos: o mundo seria muito mais legal
com tigres-dentes-de-sabre em zoológicos ou soltos por aí. E isso não é tão
impossível de acontecer, visto que, assim como o mamute, esse animal vivia em
lugares gelados e há muitos corpos bem preservados desse “gatinho”, dos quais
seria possível fazer a extração de DNA.
5. Pássaros dodô
O ser humano
sabe muito pouco sobre o pássaro dodô, mas acredita-se que essa espécie era
dócil demais, a ponto de ser retratada em desenhos animados como animais
extremamente bobos. Além disso, o dodô tinha outro defeito: uma carne
deliciosa. Essas foram as principais causas de sua extinção, por volta de 1600.
Em 2007, um
esqueleto bem preservado de Dodô foi encontrado nas ilhas
Maurício, possibilitando que DNA da ave seja extraído e, depois, manipulado em
laboratório.
6. Alce-gigante
Que tal um
alce com chifres que mediam cerca de 3,5 metros de uma ponta a outra? Esse
animal incrível, conhecido como alce-gigante, se extinguiu no fim da última era
glacial, e as causas desse desaparecimento foram, provavelmente, as mudanças
climáticas das regiões onde ele vivia.
Assim como
no caso de outros animais dessa lista, as condições climáticas em que ele vivia
favorecem a preservação de tecidos moles, tornando essa espécie uma ótima
candidata a ter o seu DNA extraído para manipulação futura.
7. Moa
Essa ave
gigante não podia voar e, até serem extintas, cerca de 600 anos atrás, eram
consideradas como as maiores aves do mundo. Por terem desaparecido há pouco tempo,
ainda é possível encontrar restos mortais com pele e penas.
Como se não
bastasse, pesquisadores também encontraram ovos intactos dessa espécie, cujas
cascas forneceram o DNA da moa para projetos de clonagem.
8. Preguiça-gigante
Convenhamos:
a evolução foi cruel com as preguiças. Se antes elas eram mamíferos gigantes e terríveis,
hoje não passam de criaturas com uma feição dócil e movimentos extremamente
lentos. Mas é possível que cientistas tragam à vida essa espécie extinta que
habitou a América do Sul.
Pesquisadores
já extraíram DNAs intactos dos pelos presentes em fósseis desse animal que
andou pela Terra cerca de 8 mil anos atrás. O problema seria encontrar um útero
capaz de gerar esse “bichinho”, visto que suas parentes modernas são bem
menores.
9. Dinossauros
Não tem como
terminar esta lista sem mencionar dinossauros e a possibilidade de recriar algo
semelhante ao empreendimento de John Hammond em “Jurassic Park”. No caso dos
dinossauros, o acesso ao material genético é muito mais difícil e, por isso, a
ciência terá que encontrar uma forma de recriá-lo.
Além da
constante busca de DNA intacto de dinossauros em registros fósseis, cientistas
planejam um plano ainda mais audacioso: “Modificar” uma galinha para
“desevolucioná-la”, ou seja, fazer com que o código genético da ave seja
revertido para o de dinossauro, como se estivesse voltando no tempo da escala
evolutiva.
Será que
funciona?
Fonte: Slashdot BBC mnn Discovery News
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